Na tarde desta quinta-feira (4), teve início o 1° Seminário Binacional de Olivicultura, no auditório do IFSul. O evento é uma realização da Prefeitura de Bagé, Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e Asociación Olivícola Uruguaya (Asolur).
Ao fazer a abertura oficial do 1º Seminário Binacional de Olivicultura, o vice-prefeito de Bagé, Beto Alagia, também coordenador do evento, declarou que a região do Pampa tem um futuro promissor para a cultura. “O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 75% da produção nacional, com 6,2 mil hectares cultivados, sendo o maior produtor do país ", enfatiza. Ele também ressalta que municípios como Bagé e região concentram grande parte dos olivais do estado.
Alagia esclareceu que o seminário surge com o propósito de integrar ciência, produção e mercado em torno de uma agenda comum de desenvolvimento sustentável e cooperação binacional:
“Bagé e região fazem parte de uma faixa geográfica, denominada paralelo 31, que passa por grandes produtores de azeite tanto da América do Sul quanto na África do Sul e Austrália. No Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, a região é considerada uma das melhores para o cultivo de oliveiras e produção de azeite de oliva”.
Conforme o Ibraoliva, há aproximadamente 10.000 hectares de olivais plantados no Brasil, estando presente em cerca de 200 municípios. E há mais de 70 lagares ativos no país. O RS é referência na produção de azeite no Brasil.
O superintendente do Desenvolvimento Agrário Nacional, Milton Bernardes, falou sobre a necessidade de fomento para o desenvolvimento da olivicultura pela agricultura familiar: “Esse tema aqui no RS, essa cadeia produtiva nos alegra a todos. A nossa produção disputa mercado internacional. E a agricultura de base familiar precisa disputar essa cadeia produtiva. Queremos cada vez mais estar inserido nesse debate porque entendemos que é uma cadeia produtiva importante”, destacou.
O prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, destacou a capacidade de Bagé se tornar a capital da olivicultura e os esforços conjuntos que precisam ser realizados pelos municípios da região para fomentar a produção olivícola e também o turismo.