O Fórum Municipal de Governança Cultural começou nesta terça-feira (04/02), marcando o retorno da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) ao Palacete Pedro Osório com uma série de atividades que discutiram os desafios e oportunidades para a cultura local. Promovido pela Prefeitura de Bagé, o evento acontece até o dia 7 de fevereiro, reunindo debates, masterclasses, visitas guiadas e experiências imersivas sobre patrimônio, turismo e as culturas do pampa.
Durante a abertura do evento, o prefeito Luiz Fernando Mainardi destacou a importância da participação da sociedade na construção das políticas culturais do município. “Hoje é um dia importante, eu penso que o programa que a gente começou a conceber sob a coordenação do Zeca vai sendo enriquecido, com o tempo, com a participação da sociedade cultural”. Mainardi também ressaltou que a cultura deve ser desenvolvida com a participação de todas as pessoas. “Ela tem que ser viva, tem que ser participativa, ela tem que ter o envolvimento das periferias. Eu vejo muita gente fazendo cultura para a elite cultural, mas ela tem que ser de todos”, ressaltou.
O secretário de Cultura, Zeca Brito, também abordou a relevância da cultura em diversas dimensões. “A cultura tem uma dimensão cidadã, que é humana, territorial e social, e é isso que esse encontro representa: pessoas que fazem parte de instituições, entidades, espaços públicos, escolas e centros de tradição”, destacou.
Brito ainda ressaltou o papel social da cultura para levar oportunidade aos cidadãos e o impacto econômico da economia criativa. “Bagé é uma cidade que busca modelos de desenvolvimento econômico, que sonha com a industrialização. E a indústria criativa é a mais barata, consome menos energia e queima menos carbono e combustível fóssil. Ela precisa apenas do que temos aqui na sala: cérebros humanos”, afirmou.
A importância da Lei Rouanet
Logo após a abertura do evento, a primeira atividade do Fórum foi a participação de Henilton Menezes, da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural do Ministério da Cultura, que apresentou a evolução e os desafios da Lei Rouanet, destacando sua importância para o fomento cultural no Brasil e suas implicações para o setor artístico e cultural no cenário atual.
Um dos assuntos abordados por Menezes foi a importância de aproximar a legislação das realidades culturais do país. “Nosso objetivo é que a lei funcione de forma mais próxima da dinâmica do setor cultural. E a única maneira de fazer isso é estando presente, ouvindo diferentes regiões. Precisamos compreender essas realidades e garantir que todas sejam contempladas”, afirmou.
O evento segue com programação gratuita e aberta ao público. A programação completa está disponível no link da bio do instagram da Secult: instagram.com/bage.secult