Após quatro dias promovendo debates, apresentações artísticas e reflexões sobre cultura, patrimônio e educação, o Fórum Municipal de Governança Cultural de Bagé encerrou suas atividades nesta sexta-feira, 7 de fevereiro. O evento reuniu gestores, especialistas e artistas em debates sobre economia criativa, preservação do patrimônio, alfabetização audiovisual e arte-educação, além de promover apresentações culturais que destacaram a riqueza e diversidade das expressões artísticas locais.
Segundo o secretário de Cultura de Bagé, Zeca Brito, o evento foi essencial para projetar as principais pautas culturais do município para 2025, garantindo uma gestão participativa e estratégica. Brito ressalta a importância da continuidade do fórum nos próximos anos e o compromisso da secretaria em fortalecer o acesso à cultura. “Nossa intenção é dar continuidade a esse fórum em 2026, para que no início do ano possamos debater com a sociedade quais são as prioridades comunitárias e quais serão as políticas públicas que definirão a identidade de nossa gestão e governança. A cultura é um direito e cabe à secretaria planejar e garantir a oferta cultural para todos os cidadãos”, afirma.
Programação do último dia
A sexta-feira foi marcada por apresentações e debates que reforçaram a conexão entre cultura, meio ambiente e educação. A manhã começou com uma apresentação especial de Chula, conduzida por Clóvis de Moura Medeiros (Ronaldinho) e Matheus Hernandes Cougo, do CTG Pampa e Minuano.
Logo em seguida, a primeira mesa do dia buscou resgatar a memória de dois projetos fundamentais para o exercício da arte e da cultura em Bagé: o EcoArte e o Centro de Desenvolvimento da Expressão (CDE) Odessa Macedo. Com o título “Meio Ambiente, Patrimônio, Arte e Educação”, o debate contou com a participação de Elvira Nascimento e Marly Meira, do EcoArte, com mediação de Gabriel Medeiros, do CDE. Os participantes resgataram a trajetória do EcoArte e do CDE Odessa Macedo, espaços pioneiros na arte-educação e na pauta ambiental em Bagé, além de discutir os desafios para 2025.
“Se não fosse o trabalho incansável e de resistência de pessoas como Marly Meira e Elvira Nascimento, não teríamos chegado até aqui. Nossa base cultural é ecológica e solidária, é responsável pelo patrimônio de Bagé e tem compromisso com as novas gerações”, ressalta o secretário de Cultura.
Encerrando a programação, a mesa “Cultura e Educação: O Desafio da Alfabetização Audiovisual” contou com Adriana Gonçalves, da UFSM, e Flávia Rocha, da Academia Internacional de Cinema, com mediação de Maria Samara, da Secretaria de Cultura de Pernambuco. O painel discutiu como a alfabetização audiovisual pode transformar a educação no Brasil.