O Governo Municipal e a sociedade civil, por meio da Parada da Diversidade, Grupo Diversidade Sexual e Gênero (DSG) e Comissão da Diversidade da OAB, realiza neste sábado (28), a 1ª Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIAPN+. O evento acontece na Casa de Cultura Pedro Wayne e tem a organização das Secretarias de Políticas Públicas para a Mulher, Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, de Cultura, de Educação e da Assistência Social, Trabalho e Direitos do Idoso.
“A realização desta Conferência confirma o compromisso do governo municipal com as políticas públicas. Pela primeira vez em Bagé, estamos realizando esta Conferência. Pela primeira vez, estamos dizendo: essa população é importante para este município; e este município quer oportunidades igualitárias de direitos e oportunidades”, ressaltou a secretária de Políticas Públicas para a Mulher, Patrícia Alves.
A etapa municipal integra o calendário da mobilização nacional para a 4ª Conferência Nacional LGBTQIAPN+, convocada pelo Governo Federal. Bagé reforça, com essa iniciativa, seu compromisso com a escuta, visibilidade e construção de políticas públicas com a participação direta da comunidade.
O prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, falou sobre a busca de justiça e a necessidade de tratamento igualitário às pessoas LGBTQIAPN+. “Espero que esse debate que está sendo realizado aqui, e as propostas que serão construídas, sirvam pra gente dimensionar o conjunto de políticas necessárias para que o poder público e a sociedade possam compreender a importância das políticas de inclusão e o respeito à diversidade. E, para que está cidade seja, efetivamente, uma cidade democrática ela tem que respeitar a todos”, afirmou o prefeito.
Com o tema “Construindo a política nacional com orgulho e participação social”, a programação da Conferência foi dividida em quatro eixos temáticos, abordando questões urgentes como enfrentamento à violência, geração de renda, interseccionalidade e institucionalização das políticas públicas. Após os debates, haverá a plenária final, momento em que as propostas construídas coletivamente serão votadas e serão eleitas as pessoas delegadas que representarão Bagé na etapa estadual da conferência.
“O poder executivo realiza o seu trabalho e busca a diversidade, mas, ainda assim, muitas pessoas não conseguem chegar nesse lugar e a sociedade civil tem esse potencial de trazer vozes que muitas vezes não estão sendo ouvidas. E a gente conseguiu trazer pessoas trans, pessoas negras, e fazer o poder executivo nos ouvir e entender as nossas demandas, entender a nossa diversidade”, explicou o Wagner Ferreira, representante da sociedade civil na organização da Conferência em Bagé.