A Prefeitura de Bagé, por meio da Secretaria de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan), promove nesta quarta-feira (16), às 14h, uma roda de conversa no Palacete Pedro Osório para discutir o processo de restauração e ocupação do Clube Comercial. O encontro é aberto ao público e convida a comunidade a participar ativamente da construção coletiva do futuro do prédio, um dos mais icônicos da cidade. A atividade faz parte da programação pelos 214 anos de Bagé.
De acordo com o coordenador de Patrimônio da Geplan, Marlon Lameira, a atividade marca o início de uma nova etapa no processo de restauro do imóvel. Arquitetas responsáveis pelo projeto irão apresentar um resgate histórico do prédio, corrigindo informações que estavam equivocadas em registros anteriores, além de um diagnóstico das principais patologias estruturais identificadas.
“Estamos desenvolvendo o projeto de restauração, mas antes precisamos definir, junto à comunidade, qual será o uso do prédio. A única condição é que a utilização seja cultural, conforme acordado no processo de venda do imóvel e estabelecido em diálogo com o Ministério Público”, explica Lameira.
Durante a roda de conversa, a palavra será aberta a agentes públicos, representantes culturais e todos os presentes, que poderão se manifestar livremente. “Queremos ouvir ideias e sugestões sobre como esse espaço tão simbólico pode ser ocupado de forma viva, respeitando sua história e sua arquitetura. O salão principal, por exemplo, não deve ser descaracterizado. É nele que tantas memórias da cidade foram construídas, de formaturas a bailes de debutantes”, completa o coordenador.
Lameira ainda destaca que, embora haja emenda parlamentar prevista para obras de acessibilidade e parte elétrica, essas intervenções não podem ser realizadas enquanto o prédio sofre com infiltrações. Por isso, a proposta é executar primeiramente a cobertura como obra emergencial. Com o projeto aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), a expectativa é captar recursos via leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet.
O prefeito Luiz Fernando Mainardi valorizou a necessidade de se ouvir a comunidade. “Um patrimônio tão importante na vida da nossa cidade precisa de uma destinação à altura. Sei que a cidade não é exatamente como na nossa casa, onde decidimos tudo sozinhos. Precisamos ouvir a população, discutir juntos e encontrar o melhor uso para este prédio, que seguirá com função cultural, como previsto no contrato.”