A situação de emergência de Bagé, devido à estiagem, foi homologada na terça-feira (11) pelo Governo do Estado. A homologação reconhece a situação de emergência em toda área do município de Bagé, vigorando pelo prazo de 180 dias a partir da data do reconhecimento pelo Executivo estadual.
A situação de emergência se dá pela estiagem que assola a cidade de Bagé nos últimos meses. O deficit hídrico trouxe uma série de prejuízos para a população bageense. Dados da Estação de Tratamento de Água, do Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb) apontam que a Barragem da Sanga Rasa está com seu nível em - 4,20 metros. Já a Barragem do Piraí está 2,40 abaixo de sua condição normal. A Emergencial está com seu volume em 0,00 m.
A cidade está com racionamento no abastecimento de água de 12 horas desde a terça-feira (11).
A falta de chuvas também impacta o setor agropecuário do município. Conforme levantamento desenvolvido pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, no mês de fevereiro, as perdas nas culturas agropecuárias que são desenvolvidas em Bagé, constavam, até 11 de fevereiro, num prejuízo total de R$ 77,26 milhões no setor. Sendo R$ 70.227.116,81 na cultura da soja e R$ 7.039.752,05 na bovinocultura de leite e de corte.
O decreto de situação de emergência foi emitido pelo prefeito Luiz Fernando Mainardi no dia 28 de fevereiro.