Atualmente, o Rio Grande do Sul já responde por cerca de 75% da produção nacional
A Prefeitura está promovendo o Seminário Binacional de Olivicultura do Bioma Pampa, um encontro técnico e cultural para fortalecer a produção de azeites, que será realizado de 4 a 6 de dezembro no IFSUL em Bagé, reunindo pesquisadores e produtores do Brasil e Uruguai.
Segundo o vice-prefeito de Bagé, Beto Alagia, a Prefeitura pretende estimular a região do Pampa a aumentar a produção de azeites de oliva. Atualmente, o Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 75% da produção nacional, mas o Brasil ainda importa grande parte do que é consumido pelos brasileiros.
A abertura oficial do evento será no dia 4 de dezembro às 13h30 com a palestra “Os olivais frente às mudanças climáticas e certificações de créditos de carbono”, com Juan Antonio Palomino, do Conselho Oleícola Internacional. O pampa gaúcho está localizado no paralelo 31° com verões quentes e secos, invernos frios, com amplitude térmica altamente favorável, solos bem drenados, se constituindo em uma das melhores regiões mundiais para a produção de azeites de alta qualidade.
A evolução da atividade industrial no Estado está expressa no aumento dos números. Em 2017, o Rio Grande do Sul tinha 17 marcas do produto, quantidade que saltou para 80 rótulos, demonstrando a expansão do setor. Hoje, o Estado tem 17 indústrias em operação. O movimento reflete-se em vagas de trabalho, tanto na indústria quanto no campo.
Segundo o Conselho Oleícola Internacional (COI), o Brasil é o segundo maior importador mundial de azeite de oliva no mundo, consumindo mais de 62 mil toneladas de azeite estrangeiro, que faz do país o sétimo maior consumidor deste produto. Mas apenas 1% do azeite consumido no Brasil é produzido em terras nacionais. Os principais olivais estão concentrados na Grécia, Itália, Turquia, Marrocos, Tunísia, Portugal e Argélia. Já olhando para mais perto, temos Argentina e Peru como os maiores fornecedores de azeite para o Brasil.