O prédio que abrigava a antiga rodoviária e o Sindicato dos Municipários de Bagé (Simba), localizado na Praça Doutor Albano, começou a ser demolido na tarde desta segunda-feira, 2 de junho, em ação promovida pela Prefeitura de Bagé. Antes da demolição do prédio, foi realizada uma ação para retirar as pessoas em situação de vulnerabilidade, inclusive usuários de drogas, que ocupavam o espaço.
A estrutura já estava condenada, conforme laudo técnico da Secretaria de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan), que apontou sérios riscos estruturais e inviabilidade de uso social do imóvel. “É um prédio que já foi incendiado algumas vezes e estava oferecendo risco, tanto para os ocupantes, como para a comunidade na volta”, explica a secretária da Geplan, Julia Oliveira Reschke.
De acordo com a procuradora-geral do Município, Thirzá Centeno, a Prefeitura tomou a frente da demolição após o laudo técnico apontar risco iminente e o Sindicato dos Municipários declarar que não tinha condições econômicas de executar a obra. “Notificamos o Simba para realizar a demolição, conforme prevê o Código de Obras, mas, diante da recusa por falta de recursos, o Município assumiu a responsabilidade para garantir a segurança da população”, destacou Thirzá.
A demolição está sendo realizada pela equipe da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano (Seinfra). Além da derrubada da estrutura, a secretaria também atua na remoção do lixo acumulado e na liberação completa do espaço. “Estamos trabalhando na limpeza e na demolição para deixar o local totalmente desobstruído até amanhã”, resumiu o secretário Edegar Franco.
A Secretaria do Meio Ambiente e Proteção ao Bioma Pampa (Semapa) também participou da ação, com a remoção dos resíduos acumulados dentro do prédio. “Fizemos a retirada de móveis, roupas e restos de alimentos deixados no local”, explicou a secretária Milena Hecht.
Destino dos ocupantes
Na manhã da segunda-feira, antes da demolição, as pessoas que ocupavam o local condenado foram retiradas em uma ação conjunta das secretarias de Segurança e Mobilidade Urbana (SSM); de Assistência Social, Trabalho e Direitos do Idoso (Smasi) e de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência (Saúde).
A SSM participou com o isolamento da área, por meio dos Agentes de Fiscalização de Trânsito e com o apoio da Guarda Municipal, que conduziu a retirada pacífica de seis pessoas que estavam no prédio. “Foi tudo tranquilo, as pessoas entenderam, saíram e logo após foram acolhidas pelos outros serviços da Prefeitura”, ressaltou o secretário Gilson Machado.
A equipe de assistência social da Smasi, que já estava acompanhando a situação dessas pessoas, mais uma vez ofereceu abrigo no albergue municipal, assim como apoio social. “Buscamos encaminhá-los para o albergue e também para a rede de apoio”, explica o secretário Marlon Monteiro.
Por sua vez, a equipe da Secretaria de Saúde ofereceu atendimento médico para os casos de intoxicação por drogas e acompanhamento psicológico. “Nossa equipe esteve presente para garantir suporte imediato e atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade que estavam aqui”, destacou a secretária Terezinha Ricaldone.
Destino do local
Sobre o futuro da área, o prefeito Luiz Fernando Mainardi anunciou que será realizada uma audiência pública com moradores e empresários da região para definir, de forma coletiva, a nova destinação do espaço. “Queremos construir uma proposta com a comunidade, ouvindo quem vive ali e valorizando um espaço que é de todos”, afirmou o prefeito.