Em meio à ocorrência da maior tempestade de granizo já registrada na história de Bagé, algumas empresas e cidadãos não estão adotando um comportamento de solidariedade para com o próximo. Isso porque algumas empresas foram identificadas pelo poder público vendendo telhas e lonas a preços abusivos, assim como moradores, que receberam itens como telhas e cestas básicas, estariam comercializando esses materiais.
Para coibir esse tipo de comportamento, o Governo Municipal determinou uma fiscalização efetiva para que empresas sejam responsabilizadas por estarem vendendo esses objetos a preços acima do valor de mercado. “Não é hora de lucro. Algumas empresas já foram autuadas no sábado. Mas seguiremos fiscalizando. Aquelas pessoas que possuírem notas que comprovem esse preço abusivo devem encaminhar ao Procon. Volto a pedir que as empresas não façam esse tipo de comportamento porque serão responsabilizadas. E eu posso falar sobre o comércio de Bagé porque na pandemia eu não aceitei as exigências do Governo do Estado e as empresas puderam trabalhar e efetivar os negócios”, enfatizou o prefeito Divaldo Lara.
O chefe do executivo também garantiu que a Guarda Municipal está fiscalizando pessoas que estejam vendendo itens que receberam, como telhas, lonas e cestas básicas. “Quem for pego comercializando as doações que estamos entregando será encaminhado pela Guarda Municipal para a Delegacia. Estamos num momento de tragédia, com pessoas que perderam todos bens, tiveram imóveis severamente danificados e não será permitido que alguém obtenha vantagens ou lucros com essa situação”, frisou o prefeito
Cobrança à Equatorial
Amanhã, dia 26, o prefeito Divaldo Lara terá uma agenda com o governador do Estado, Eduardo Leite. A agenda intermediada pela deputada estadual Adriana Lara, terá como foco a busca por recursos e apoio do Executivo estadual para a recuperação das moradias danificadas pelo granizo. Além dessa pauta, Divaldo Lara fará uma reclamação ao governador sobre o serviço da concessionária de energia elétrica Equatorial. “Pessoas que não têm um cômodo de casa que não tenha sido danificado. Pessoas que perderam tudo. Ainda por cima ficaram no escuro. Portanto, eu destaco que tomaremos medidas duras com a Equatorial, que desconhece o momento que Bagé está vivendo e prossegue com o mesmo efetivo. A Equatorial será reclamada amanhã em audiência com o governador Eduardo Leite, porque a Companhia precisa designar um efetivo maior para a cidade de Bagé. É inadmissível que tenha locais em que as pessoas ainda estão sem energia elétrica em meio a tudo que já sofreram”, ressaltou Divaldo.