Na última sexta-feira (09), o Governo Municipal, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR) e Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDI), estiveram reunidos com universidades, entidades, frigoríficos e representantes de produtores rurais para tratar sobre o tema da rastreabilidade dos rebanhos. O encontro aconteceu no salão oval da Prefeitura de Bagé.
O objetivo do Município é fomentar um programa municipal de rastreabilidade visando auxiliar, principalmente, os pequenos produtores. Já que a partir de 2027 o Estado deve iniciar a identificação individual dos bovinos. E, a partir de 2032, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) deve exigir a rastreabilidade dos rebanhos para as comercializações, tanto no mercado externo quanto interno. Ao implementar um sistema individual de identificação dos rebanhos será possível acompanhar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada animal.
“Precisamos tratar esse projeto como uma oportunidade de melhorar a qualidade da carne, de melhor controle sanitário e de ampliar as comercializações”, reforçou o secretário da SDR, Edegar Franco. O compromisso do Município é promover a iniciativa e propor um programa municipal alinhado às diretrizes estabelecidas pelo Estado.
Atualmente, apenas 59 propriedades no Rio Grande do Sul possuem rastreabilidade dos seus rebanhos. Durante a reunião de alinhamento, uma empresa certificadora apresentou um modelo de rastreabilidade de baixo custo para os produtores. O projeto prevê o investimento de R$ 1,40 por animal.
“As iniciativas de implementação da rastreabilidade dos rebanhos são válidas pra a gente aprender a exercitar o possível benefício para o produtor, seja na agregação de valor, quanto na organização das propriedades. Acredito também que devemos dar início a esse processo com o acompanhamento por instituições com competências técnicas e, ao mesmo tempo, com a absoluta liberdade dos produtores de aderirem ou não ao programa. Nós temos convicção técnico, científico e pessoal de que esse processo precisa acontecer, mas defendemos que ele não seja implementado de forma impositiva”, comentou a analista da Embrapa, Estefania Damboriarena. A Embrapa Pecuária Sul, unidade instalada em Bagé, já desenvolve uma pesquisa de rastreabilidade dos seus rebanhos, a fim de implementar um Programa Estadual, junto à Secretaria Estadual de Agricultura.
O secretário da SDR salientou que novas reuniões e encontros com os produtores serão realizados a fim de apresentar as propostas, esclarecer dúvidas e auxiliar na implementação da rastreabilidade nos rebanhos de Bagé e região.